POLÍTICAS DE INCLUSÃO BILÍNGUE NA TELEVISÃO: A IMPORTÂNCIA DO INTÉRPRETE DE LIBRAS EM DETRIMENTO DO USO DE LEGENDAS PARA A ACESSIBILIDADE TELEVISIVA – UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Autores

  • Francisco Martins Lopes Terceiro Centro Universitário Central Paulista - UNICEP

Resumo

A inclusão social de pessoas com deficiências, em especial com relação aos sujeitos surdos, requer a realização de uma série de políticas públicas inclusivas capazes de promover a inserção social, nas suas mais variadas dimensões, de indivíduos que por algum motivo são excluídos ou ficam à margem do processo de socialização e de construção da cidadania. Muitos avanços em relação a isso aconteceram, contudo os deficientes, no nosso caso os surdos, ainda sofrem com alguns resquícios de falta de acessibilidade que dificultam em muito seus cotidianos, suas vidas e, consequentemente, seus processos de formação, inserção e interação educacional, social, político, econômico e cultural. Falta de intérpretes de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) em muitas escolas e instituições públicas (hospitais, correios, prefeituras, etc.) e a ausência de número significativo de telefones públicos adaptados para surdos são apenas dois exemplos desses problemas que impossibilitam a inserção social plena da pessoa surda em nosso país. A televisão, assim como os quadros anteriormente citados, também representa um desses resquícios que negativamente influem na realidade e na vida dos surdos. O sistema Closed Caption (CC) por mais que represente um avanço importante em termos de inclusão está distante de resolver o problema da acessibilidade para os sujeitos surdos, principalmente quando levamos em consideração o fato de que a primeira língua dos surdos é a LIBRAS, não o português. Buscando contribuir com as discussões sobre esse tema, propomos um estudo exploratório capaz de discutir essa questão sob a luz de uma bibliografia ligada à comunicação e mídia política, mostrando assim, como a mídia majoritária não oferece aos surdos condições precisas de inserção social negando, dessa forma, a possibilidade de comunicação e o acesso à informação (dilemas intrínsecos à experiência de ser e estar surdo). De modo geral, ratificaremos a necessidade de termos intérpretes de LIBRAS na televisão aberta para então resgatarmos com integridade o direito à acessibilidade do indivíduo surdo. Por fim, vale destacar que as principais contribuições teóricas utilizadas em nosso trabalho ligam-se com as idéias presentes na obra Mídia e Cidadania (2012) que, por sua vez, é organizada por Carlos José Napolitano, Danilo Rothberg e Maximiliano Vicente.

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Publicado

2015-06-01