O QUE DIZEM SOBRE O CORPO DO OUTRO? Genealogia dos corpos ameríndios e sua relação com a educação

Autores

  • Maiara Damasceno da Silva Santana

Resumo

O objetivo desse artigo é levantar algumas questões para a
reflexão: como os impactos de padronização/uniformização do
corpo, proposto no período do Brasil Quinhentista e reiterado pela
escola formal2, recaem sobre as práticas corporais indígenas? Quais
as representações corporais indígenas foram elaboradas durante esse
período histórico? A noção de corpo adotada neste artigo é do corpo
sujeito, que vive, pulsa, sente e estabelece relações complexas com o
mundo, ultrapassando a dimensão biológica. Através do estudo
bibliográfico, realizamos uma genealogia, mostrando como os
corpos indígenas foram elaborados e representados para os não
indígenas, sobretudo com os registros escritos do século XVI.
Observamos que houve a implantação de uma ordem “eurocêntrica”
de compreensão do corpo e de educação, conformada nos sistemas
de representação, que são, ainda hoje, veiculados nas escolas não
indígenas.

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Publicado

2014-11-15

Edição

Seção

Artigos