Qual a Vida Possível Após a Morte?
Resumo
No Brasil, país de dimensões continentais, temos a atuação das forças policiais nas periferias com altos índices de letalidade e a morte de crianças e jovens negros está presente nos noticiários de forma cotidiana. Com a naturalização dos acontecimentos é preciso forçar um estranhamento ao olhar a rede de destruição que a morte prematura de causa em sua família e comunidade. Em diálogo com as possibilidades diante da raiva apresentadas por Audre Lorde, esse texto se propõe a evidenciar o desespero de uma mãe após a perda do seu filho, com reflexões sobre a permanência da dor, da saudade, do medo latente. Neste texto ficcional se apresenta a voz de uma mãe que chora a ausência-presença do seu filho assassinado pelas forças policiais. Inspirado em casos verídicos de mães e familiares que perderam seus entes e se articulam em redes para lutar por justiça, como as Mães de Maio ou a Rede de Comunidades e Moradores Contra a Violência, o ensaio é um experimento político para elaborar dores históricas e raivas viscerais.
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