OS HUMANOS E NÃO-HUMANOS GUARANI-MBYA: UMA REFLEXÃO A PARTIR DA CATEGORIA ‘GÊNERO’
Resumo
Esse texto busca tecer uma reflexão sobre as relações de gênero entre os Guarani-Mbya por meio de uma crítica aos textos de Rosaldo (1994) e Ortner (1979), que discutem a universalidade da subordinação feminina e o uso da antropologia nos debates sobre gênero. Parte-se, sobretudo, de etnografias Guarani-Mbya sobre os ritos de puberdade e a construção de pessoa, as quais sugerem que a generificação dos corpos passa antes pela produção de um corpo humano apto a habitar um mundo no qual a condição de humano está sob constante perigo de ser agenciada por outros sujeitos. Espera-se, por fim, imaginar uma concepção mais ampla das relações de gênero que seja capaz de, do ponto de vista antropológico, analisar o que poderiam ser as relações de gênero para outras sociedades, caso elas formulassem suas preocupações nos termos dos estudos de gênero, alinhando-se, assim, à discussão de Strathern (2006).
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