Preferências Simplificadas: Uma Crítica Ao Modelo Da Escolha Racional
Resumo
Um dos maiores problemas de modelos analíticos tidos como “limpos” são as suas simplificações da realidade, e a Teoria da Escolha Racional, contida no Neo-Institucionalismo, não foge a essa regra. Desta forma, nesse breve artigo procuraremos, através de uma metodologia qualitativa de discussão teórica, problematizar a hipótese de que tal labor teórico ainda carrega uma imagem simplista de maximização das motivações humanas, dado que a noção de racionalidade não se pode limitar somente à maximização dos ganhos materiais e/ou visíveis, mas deve incluir fatores como desejos, crenças, moralidades e outras preferências. A partir disso, buscamos mostrar que existe uma transposição da “maximização das preferências” para a “satisfação das preferências”, porém essa mudança não minimiza a dificuldade de mensuração desta última categoria. Com a introdução das noções de racionalidade e de ideologia, concluímos que ambas em conluio obscurecem “situações ótimas” – considerando a complexidade da realidade – e fazem com que não apenas os indivíduos deixem de racionalizar suas escolhas, mas também as instituições que, no limite, modulam e são moduladas pelo embate com as pessoas.
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